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Empregabilidade

O que a pandemia não nos ensinou

By setembro 28, 2023No Comments

“Vocês todos fazem parte de uma mesma empresa e estamos aqui para definir a volta ou não do trabalho parcialmente presencial após a pandemia. Grupo A é a favor. O grupo B é contra. Vou dar dez minutos para vocês discutirem os argumentos e depois apresentarem à diretoria”.

O objetivo desta dinâmica, que comecei a trabalhar no meio de 2021, era o de trabalhar a argumentação. Afinal, quando se fala de trabalho presencial, todo mundo tem um lado bem definido. Na época, estávamos retornando ao trabalho híbrido e o 100% presencial não era nem cogitado. Qualidade de vida, menos tempo no trânsito, mais tempo com a família, flexibilidade de horários, menos poluição ao meio ambiente. Eram muitos os argumentos a favor de se permanecer em casa. Os a favor normalmente representavam as empresas.

Dois anos depois, o tema se mantém, só que não se trata mais de home office ou híbrido, mas, sim, de híbrido ou 100% presencial. O tema está sendo discutido há alguns meses, até que, há cerca de um mês, o Zoom, cuja missão é tornar as comunicações online mais fáceis e seguras, exigiu que seus funcionários retornassem ao escritório. De acordo com dados do Economic Graph do LinkedIn, a proporção de vagas publicadas com possibilidade de trabalho remoto caiu de quase 40% em fevereiro de 2022 para menos de 25% para o mesmo período deste ano. A tendência, forte nos Estados Unidos, tem sido refletida no Brasil, por pressão das empresas e desgosto de grande parte dos funcionários.

De fato, o trabalho remoto exige mais de funcionários e de gestores. Comunicação clara mesmo que à distância, empatia para reuniões online, controle de tempo, autogestão. Todas essas competências que já eram necessárias no mundo offline ficaram ainda mais fortes no mundo online. Ferramentas de trabalho em equipe e aumento de produtividade, como Asana, Trello ou os diferentes tipos de Project, têm se tornado cada vez mais comuns e permitem que pessoas em diferentes partes do planeta trabalhem de forma organizada e clara em um mesmo projeto (ou projetos).

De forma geral, a justificativa das empresas para a volta ao trabalho 100% presencial é a manutenção do espírito de equipe e da cultura da empresa. Porém, alguns especialistas que, enquanto em um primeiro momento o reflexo de trabalhar em casa foi o aumento da produção, conforme foi-se criando uma rotina, os índices começaram voltar ao normal. E esta – a produtividade – pode ser a explicação real para empresas voltarem a exigir o 100% presencial.

A questão é: será que voltar ao presencial é mesmo necessário para manter números e qualidade? A Fundação Wadhwani trabalha com o desenvolvimento de soft skills e competências transversais para a empregabilidade para quem está buscando um emprego ou em início de carreira e – em breve – para cargos mais altos, focando na progressão. Autogestão, liderança, foco em resultados e resiliência são alguns dos mais de 100 temas trabalhados, tudo de forma gratuita, tanto para o aluno quanto para a organização (empresa, instituição de ensino ou ONG).

Ao desenvolver as competências, o profissional está mais pronto para se colocar, se manter e progredir no mercado de trabalho de forma segura e sadia. Este desenvolvimento permite outras formas de trabalho, com ganhos para todos, indivíduos e empresas.

A Fundação Wadhwani é uma organização sem fins lucrativos que oferece suas formações sem nenhuma contrapartida financeira de nossos parceiros. Conheça mais sobre nosso trabalho em nosso site ou entre em contato com nosso time através do fone (11) 99654-7330.

Bruna Cenço

Bruna é jornalista e escritora, atua há cerca de 15 anos no Terceiro Setor, com diferentes causas, em especial educação e meio ambiente. Possui duas pós-graduações em sustentabilidade e um MBA em Gestão de projetos e inovação e atua como Program Manager em projetos de empregabilidade na Fundação Wadhwani.

Wadhwani Skills Network | Formações Wadhwani em Competências Profissionais e Socioemocionais

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